Ano 27                                                                                                                              Editado por Jomar Morais
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O novo sabor da Big Apple
Em tempos de autocrítica nos Estados Unidos, Nova York resgata seus
melhores valores e se revela sem disfarce ao olhar de um mochileiro
Na tarde fria de outono, a voz estridente da negra esguia é recebida com indiferença pelas pessoas que se dirigem à vizinha estação do metrô e pelos turistas aglomerados diante da imensa cratera que restou do que fora um dia as torres gêmeas de Nova York.
A mulher exaltada protesta com um discurso religioso, repleto de frases sem sentido, ela própria uma amostra do que a realidade pode produzir nas pessoas. Lembra os que foram sacrificados na manhã de 11 de setembro de 2001, quando aviões sequestrados por terroristas se transformaram em mísseis, espalhando destruição e dor no Ponto Zero da maior cidade americana. Grita e pede respeito  aos mortos e à sua sepultura escancarada. Mas no local as obras para a construção da Freedom Tower (Torre da Liberdade), que reeditará o espetáculo visual e simbólico das antigas torres do World Trade Center, seguem aceleradas e o cotidiano da metrópole, novamente colorido e vibrante, insiste em deixar no passado aquela terrível manhã de setembro.
Nova York diz a Nova York: o show tem de continuar. A vida não pára. Há luzes, cores e sons como antes. As noites continuam febris. O comércio acena com o paraíso do consumo. A cultura transpira por todos os poros da cidade que ama a liberdade e a diversidade... Mesmo assim, a Nova York que reencontrei agora, cinco anos após minha última visita - em 2001 ainda pude apreciar a imponência das torres gêmeas, nove dias antes do atentado -, já não é a mesma e certamente jamais será, pelo menos para os meus olhos. 
Junto com os dois edifícios atacados, então um símbolo da pujança americana e da ousadia nova-iorquina, ruíram pedaços do espírito da cidade que talvez não saibamos precisar em um texto, embora perceptíveis a olhos e corações sensíveis. E retornar a Nova York como um simples mochileiro, despojado e com pouco dinheiro, certamente ampliou-me essa sensibilidade, por colocar-me mais perto da cidade real, aquela das pessoas que vivem o cotidiano, conhecem os códigos locais de sobrevivência e captam através da empatia a expressão das almas individuais e coletiva. Não, essa não é mais uma visão sombria de um turista frustrado em sua ânsia de sensações. Nova York está melhor! Ficou mais calorosa e humana, mais pacata e cordial, seja por que o impacto do terror ou a ressaca da beligerância americana, que sucedeu ao ataque terrorista, revolveu valores adormecidos nos porões de corações e mentes ou simplesmente por que, vista agora por um brasileiro comum e descomplicado, a cidade se revela além de seu concreto, aço e dólares.
Nova York foi o ponto culminante de um roteiro que começou, em 5 de outubro, no Canadá e que incluiu visitas a Boston e a Washington, além de paradas rápidas pelo interior dos Estados Unidos. Cidade cosmopolita, capital dos negócios e da cultura no ocidente, Nova York está longe de ser a cara da nação americana. Fora da metrópole, agitada e liberal, os Estados Unidos mostram uma face um tanto modorrenta e conservadora, sob a qual se esconde, a um só tempo, fé e generosidade, nacionalismo exacerbado, uma boa dose de preconceito e o apego a uma tradição de encrencas e guerras. Mas também esse pedaço maior da nação americana parece refeito do impacto de 2001 e seus cidadãos cansados das aventuras bélicas a que foram levados em nome da honra e da autodefesa. Nas casinhas de campo enfeitadas para a festa do Halloween e no contato apressado com pessoas comuns em pequenas cidades, como Buffalo e Burlington, percebi o anseio de paz e um certo resgate da ternura essencial do ser humano - o que seria confirmado depois pelo resultado das eleições para o congresso americano, em novembro. 
Aposentado do jornalismo brasileiro, que ajudei a fazer durante algumas décadas, e agora exposto ao seu noticiário tenso, voltei aos Estados Unidos preparado para enfrentar o medo e as reações neuróticas que lhe são peculiares, sob a forma de desconfiança e agressividade. E acabei encontrando a descontração e a cordialidade escondidas, pelo menos nos caminhos que percorri ao lado de Fátima, minha mulher. Talvez por que, dessa vez, eu tenha entrado no país por terra, através da fronteira tranquila com o Canadá, surpreendeu-me a serenidade que vi no posto do Serviço de Imigração do outro lado do rio Saint Lawrence, comparada à rotina dos oficiais da Imigração no aeroporto Kennedy, em Nova York, onde às vezes se acumulam vítimas de grosserias de funcionários estressados. Na calma da madrugada - sim, como um bom notívago entrei em território americano às 2h da madrugada, com o meu jeitão de árabe-marroquino-indiano -, apenas um dos passageiros do ônibus em que eu viajava teve que se explicar a um agente. Tratava-se de um estudante da Tunísia, a quem foi solicitado bem mais do que responder à tradicional pergunta “por que veio?”, colocar os dedos indicadores na maquininha leitora de digitais e pagar uma taxa de seis dólares.
Surpreendeu-me também a tranquilidade em Washington, varrida nessa época do ano por ventanias geladas que espalham folhas secas junto com fofocas políticas. Um paradoxo quando nos lembramos que é dali que parte o discurso oficial que anuncia guerras preventivas e a necessidade de uma rotina neurótica na vida dos americanos. É fato que as medidas de segurança foram reforçadas, que mais câmeras ocultas e olhos disfarçados espreitam visitantes, mas é bom que isso aconteça de forma tão discreta que não nos incomoda e nem chegamos a perceber. Em torno do Capitólio, o Congresso americano, há tantos seguranças ostensivos quanto na Câmara e no Senado do Brasil. Em frente à Casa Branca há, talvez, menos guardas uniformizados do que em torno do Palácio do Planalto, em Brasília. Nas rodoviárias e estações de trem, os procedimentos de segurança e detecção de armas não excedem o limite do que já conhecemos aqui.
Uma rajada de cultura novaiorquina parece espraiar-se, disfarçada, pelo interior e pela periferia dos Estados Unidos. Uma onda que potencializa as tendências de viradas em estados importantes, como o rico Massachusetts, onde estão a cidade de Boston e suas 36 universidades (seriam quase 70 na região metropolitana). Nesse estado, depositário de marcos da história americana e das tradições irlandesas, pela primeira vez um negro - o democrata Deval Patrick - foi eleito governador, em novembro último. Se ele tivesse perdido a eleição, o resultado também teria sido inédito, pois pela primeira vez uma mulher, a republicana Kerry Healey iria governar o estado. É bom que tudo isso aconteça em um dos melhores momentos de Nova York, uma metrópole de 8 milhões de habitantes que nunca dorme, como lembra a canção imortalizada por Frank Sinatra e Liza Minelli. Mas certamente coisas assim não surgem do nada.
Nova York carrega esse simbolismo muito antes de existir como cidade. Há 11 mil anos, Manhattan, a ilha que é a cara da metrópole - por abrigar os cartões postais da cidade em seus múltiplos aspectos - já era habitada por indígenas que reconheciam a magia do lugar. Manhattan deriva da palavra nativa Manahactanienk, que significa “ponto da embriaguez”,  uma coisa que até hoje Manhattan faz muito bem com visitantes e com os que se instalam em suas ruas bem traçadas. Quem não se embriaga, afinal, com o cenário boêmio do Greenwich Village, o bairro mais popular de Nova York,  em cujos bares, restaurantes, teatros, livrarias e galerias passaram nomes célebres da contra-cultura dos anos 60 e 70? Sempre que fui à cidade me instalei por lá, embora já tenha dividido o tempo de permanência com o Harlem. O Village ainda transpira a poesia rebelde de Bob Dylan e Jimi Hendrix e seus prédios antigos combinam com o colorido dos jovens e alternativos de todas as idades, muitos deles alunos da Universidade de Nova York, junto à Washington Square. Nas ruas próximas à Christopher Street fervilha também a irreverência de gays novaiorquinos.
A classe média consumista certamente preferirá inebriar-se em lojas de departamentos como a Bloomingdale´s ou a Macys e suas roupas e jóias de grife. Ou serpenteará pelas lojinhas de eletrônicos, brinquedos e souvenirs nos arredores da reluzente Time Square, o coração de Manhattan. Ou ainda se perderá no comércio barato da Canal Street e arredores no bairro chinês, o Chinatown. Musicais nos teatros da Broadway, a enorme rua que corta a ilha no sentindo longitudinal, continuam lá, deslumbrando e divertindo gente de todas as classes. As centenas de museus e galerias de arte, em toda a cidade,  podem deixar zonzo quem se deleita com cultura. E é, sobretudo, o caldeirão cultural novaiorquino, produto da mistura de raças e nacionalidades na mais cosmopolita das cidades, que está por trás da magia que exala não apenas em Manhattan, como supõe o turista superficial, mas em todo o entorno onde Nova York finca sua marca.
Para um latino, como eu, Nova York acena com um algo mais que se acentua a cada ano: a sensação de que, estando em outro mundo, não se está tão longe de casa quanto se imagina. A cidade está muito mais latina do que em 1986, quando estive lá pela primeira vez. Há décadas que a presença massiva de caribenhos, sul-americanos e, claro, brasileiros, vem miscigenando a cultura americana num eixo que alcança, nas extremidades, as cidades de Miami e Boston. Isso explica a existência já há algum tempo na cidade - e agora em outras partes dos Estados Unidos - de canais de rádio e TV que transmitem em espanhol, milhares de anúncios, serviços de atendimento ao consumidor e telefones automáticos que se expressam no idioma imigrante.  Mas a impressão recente é de que falta pouco para, pelo menos Nova York tornar-se um enclave bilíngüe no centro do império americano.
Na situação atual, arriscaria dizer que se alguém, necessitado de ajuda, gritar em espanhol - ou mesmo em português - em qualquer área de Manhattan será de pronto atendido por alguém que entenderá o seu pedido. Afinal, não é mais o inglês a língua materna de tantos entregadores, motoristas de táxi, vendedores, técnicos diversos e donos de groceries, as pequenas mercearias presentes em quase todo quarteirão. Um rápido passeio por algumas ruas do Harlem, o bairro negro e pobre na área norte de Manhattan, fortaleceu em mim essa impressão. Áreas enormes, onde há pouco menos de 20 anos só se viam jovens rappers e aposentados afro-americanos, jogando conversa fora e palitando os dentes sob escadas de incêndio externas, estão hoje tomadas por mexicanos e caribenhos (muitos salvadorenhos). E seus restaurantes, suas lojas de cds, e suas banquinhas de camelô espalhando  o ritmo latino no ar, seus estudantes adolescentes de pele mestiça brincando e lançando provocações em... espanhol.
Vi algo parecido, há cinco anos, no distrito do Queens, fora de Manhattan, onde há tantos brasileiros. E não me surpreenderei se, dentro de alguns anos, uma espécie de Braziltown (à maneira do bairro Chinatown) se estabelecer nas proximidades da rodoviária de New Jersey, a vizinha de Nova York onde brasileiros e portugueses conquistam espaços e abrem seus negócios. A latinidade que emerge nos Estados Unidos, que mete medo em conservadores, nacionalistas e trabalhadores americanos puro-sangue, manifesta-se agora na força política que mais de 8 milhões de trabalhadores migrantes acabam de expressar nas ruas de Nova York, com os seus protestos contra o endurecimento das leis de imigração proposto pelo governo Bush. Assisti a um desses comícios, na Union Square, em Manhattan, em que desfilaram oradores de todos os matizes, estrangeiros combatendo a discriminação e a exploração de sua força de trabalho e clamando por direitos amplos - uma manifestação que realça o lado mais luminoso da América e de Nova York: a liberdade de expressão.
Por tudo isso, que  para mim é mais significativo do que os roteiros comerciais de agências turísticas, Nova York vale a viagem. Os Estados Unidos, nesse momento de autocrítica e revisão, merecem ser conhecidos, curtidos. No quadro ao lado, ofereço algumas anotações e dicas para quem deseja aventurar-se como mochileiro pelo país do Tio Sam. Elas não são propriamente um serviço turístico. Isto você pode obter em um bom guia turístico, entre eles o singelo USA & Canada on a shoestring, edição especial do respeitado Lonely Planet voltada aos mochileiros mais despojados e duros, como eu. Minhas notas apresentam algumas impressões de viagem e dicas baratas (e até gratuitas!) para quem curte o prazer de viajar por viajar e conhecer pessoas e culturas diferentes das suas, com liberdade e alguma criatividade, sem submeter-se a roteiros comerciais e dispendiosos nem sempre gratificantes.
Então, o que estamos esperando? Come along!

ANOTE AÍ

* É barato se locomover em Nova York. Desde que você use a cabeça. Um bilhete único de metrô (subway) custa 2,50 dólares (5,30 reais em outubro/06). Mas um passe de sete dias custa apenas 24 dólares e dá direito a trafegar quantos vezes vocs quiser, nesse perído, no metrô e em todos os ônibus urbanos. O metrô cobre praticamente toda a cidade, mas vale a pena usar o ônibus (sempre lento) para conhecer a paisagem e ter acesso a alguns pontos importantes, como a sede das Nações Unidas. Você não precisa de taxi nem mesmo para sair do aeroporto John Kennedy. Um ônibus gratuito leva os passageiros do aeroporto à estação mais próxima do metrô. Não esqueça de pegar no guichê do subway o mapa gratuito das linhas e estações de metrô e trens. É o suficiente para orientar-se na cidade.
* Na Time Square, procure o Visitor Center (ao lado da McDonald´s). Lá tem poltronas para você repousar, banheiros e Internet gratuita. Lá também você pode adquirir ingressos para todos os grandes espetáculos nos teatros da Broadway e vizinhança e tíquetes para diferentes tours e outras atrações da cidade. No mesmo local pegue gratuitamente o seu exemplar da revista Time Out New York, com a programação de lazer da semana em vários bairros. Se preferir, pode pagar 2,99 dólares pelo exemplar na banca de revista mais próxima (rs rs)
Armas e liberdade
No fim de tarde, no Battery Park, pode-se ver a Estátua da Liberdade por entre os contornos da bota da estátua do veterano da guerra da Coréia. À direita há outras esculturas e a estação dos ferryboats que levam a Ellis Island, onde está Miss Liberty, por 10 dólares. É melhor seguir para a esquerda, onde se encontram o
monumento aos veteranos da guerra
enormes e confortáveis que passam ao lado da Estátua da Liberdade -  e ninguém paga nada por isso. De 2001 a 2009,devido aos procedimentos de segurança pós-atentado, ficou proibido o acesso à coroa de Miss Liberty, a motivação para ir à ilha.

Jazz+hamburguersirenes em toda
Nova York consagrou o rock, inventou o rapp e tem barulho de buzina e sirene em toda parte (hoje bem menos do que há 20 anos, quando havia mais criminalidade em Manhattan). Mas tem também o seu lado light e elegante que se pode apreciar até em lanchonetes, como essa Mc Donald´s aí, na Broadway, 160. À tardinha, combina-se hamburgueres com jazz e baladas numa  happy
Na casa de Kong
Com a queda das torres do World Trade Center, o Empire State voltou a ser o edifício mais alto de Nova York, com os seus 102 andares. Resultado: o acesso ao mirante virou um pandemônio, com filas para entrar em filas. A cada noite a torre iluminada exibe uma cor diferente. Um espetáculo. Mas é duro brincar de King Kong, o gorila que no cinema escalou o edifício. Para ver as luzes da cidade em meio a ventos gélidos, ficamos

A loura do parque
Aproveite para ver todo o Central Park do alto do Empire State. Não há como percorrer em um dia os seus 340 hectares de área verde.
Quem não curte caminhar, pode pegar uma carruagem na entrada da rua 59 (Columbus Circle) para um breve passeio sem a delícia de pisar na grama, espreguiçar-se sob árvores, conhecer os lagos e o Strawberry Fields, dedicado a John Lennon, que morava pertinho dali, ou aventurar-se em patinação no gelo. No verão há apresentações
Arte e ousadia
A arte transpira por todos os poros de Nova York. Há centenas de museus e galerias de arte (estas, principalmente na área do SoHo), dos quais os mais conhecidos são o MoMA - Museu de Arte Moderna e o Metropolitan Museum of Art. Mas há outros bons museus, muitos gratuitos, como o Museu Nacional do Índio Americano, na Bowling Green, próximo à Bolsa de Valores. Nos túneis das maiores estações do metrô - Time Square,

apreciar obras ousadas, como essa escultura do artista Oterness.

A grande esquina
A Times Square e sua vizinhança é uma festa. Mesmo sem música, a multidão está lá, eufórica, barulhenta, atraída pelas
luzes e cores dos anúncios, pelo comércio, hotéis, cafés, teatros, pela MTV e pelas figuras exóticas circulando de patins entre carros, fazendo protestos e, às vezes, engabelando algum turista. Na área está o Visitor Center onde se pode adquirir ingressos e também acessar internet gratuita. Aqui já teve mais prostituição
Velho Village
Já me hospedei no coração do Greenwich Village, ao lado da Washington Square, em tempos de muita agitação e drogas por lá. Anos depois, conheci certa tranquilidade no East Village. Dessa vez, com menos dólares, pousei no limite entre o Village e o Litte Italy e a oito quadras de Chinatown. Aí estou em frente ao Bowery´s White House Hotel, minha pousada. Não a recomendaria a meus pais nem a um viajante de fino trato. Mas jovens   mochileiros certamente se sentirão confortáveis em seus quartos minúsculos e na privacidade quase zero proporcionada por paredes de madeira prensada e telhadinho
de ripas num casarão do tempo em que a área era uma vila rural.
Se for, não se assuste ao ouvir alguém ao celular às 3h da madrugada, e se outro, incomodado, berrar do AP: "Are you crazy, guy? I want to sleep!". Ainda assim, você estará no Village - boêmio, intelectual, cercado de pequenos teatros, bares, discotecas, gente nas ruas. E o Village, o bairro mais popular de Nova York nunca pára de surpreender.

A colina do poder
Ir a Washington e não visitar o Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos situada na colina que tem esse nome, é o mesmo que ir a Roma e não conhecer o Vaticano. Mas desde o 11 de setembro não é
fácil ver de perto a rotina de senadores e deputados. Agora só há tours guiados e é preciso madrugar numa fila para conseguir um ticket gratuito. Contentei-me em ver o prédio por fora e clicar sua bela arquitetura, descendo depois para um momento de relax no Jardim Botânico Nacional, o primeiro de uma série de 
1600 Penn Ave.
Este é o endereço dos presidentes americanos desde 1800. É escritório onde o chefe de estado e governo exerce suas funções e também residencia presidencial. Antes do 11 de setembro, era possível visitá-la nos fins de semana. Agora, nem pensar. Ainda bem que não proibiram as fotos 
Arte na capital
Às margens ou na vizinhança do National Mall há vários museus, entre os quais o National Air & Sapce Museum, um dos mais populares do mundo, onde estão réplicas e originais de engenhcoas que voaram nos últimos dois séculos. Uma das atrações é o módulo de comando da Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua. Outras referências são o
Relaxe e aprecie
Washington tem seus encantos e merece ser descoberta, mas se você tem apenas um dia para conhecer o que é mais simbólico na cidade, saiba que as principais atrações (monumentos e museus) podem ser alcançadas a pé, seguindo-se os eixos do National Mall e o da avenida Pennsylvania. No final da tarde, cansado da maratona, dá para  
relaxar e curtir a paisagem verde do Mall - do Capitólio ao Potomac -, como eu e a Fátima, aí acima, fizemos em uma sexta-feira.
BOSTON  | terra em transe
Espelho da cidade
O centro de Boston concilia prédios históricos, como a Igreja da Trindade, à direita
na foto, e vielas do século XIX, repletas de casas e sobrados geminados, com a ousadia da arquitetura contemporânea. O edifício John Hancock, o mais alto da cidade, com 60 andares, se destaca por refletir nas paredes envidraçadas a sua vizinhança. A Igreja da Trindade foi ofuscada pelas  torres gêmeas do
Capitólio dourado
O parlamento de Massachusetts foi também erguido sobre uma colina, na região central de Boston, e sua arquitetura lembra a do Capitólio de Washington. As grandes diferenças são as paredes cor-de-rosa e sua cúpula dourada. O prédio foi construído em 1798 e está pertinho do Memorial Robert Gould Shaw, dedicado ao líder do primeiro batalhão de negros a lutar pela União na guerra civil americana. Hendrick

Fino trato
Aí estão, ao lado da Fátima (à direita) os queridos amigos Mackenzie Melo, seu irmão Hendrick e a esposa Daniele (de olho no pequeno Pietro, no carrinho), todos residentes em
Massachusetts. Ao fundo, o Turner Fisheries, um sofisticado restaurante de Boston onde nos deliciamos com uma clam chowder, a sopa de marisco mais
Passeio histórico
Andar pela área do Beacon Hill, no centro de Boston, é um passeio pela História. A arquitetura dos séculos XVIII e XIX está preservada em muitas ruas e, além do Parlamento e do Memorial Robert Shaw, o bairro abriga o Museu Afro-Americano, o Museu da Ciência e a Biblioteca Pública (com
internet gratuita), além do agradável Boston Common, o mais antigo parque público dos Estados Unidos, inaugurado em 1634, palco de superconcertos no verão.
TÚNEL DO TEMPO
Outubro/2006
No lugar onde existiam as torres gêmeas do World Trade Center, um Memorial com fotos dramáticas do atentado e os nomes das vítimas lembra a tragédia de setembo de 2001.
Outubro/1986
Na cobertura da torre norte do World Trade Center, a segunda a ser derrubada no ataque de 2001, JM observa Nova York. A mais de  500 metros de altura, uma visão que suscita reflexões sobre a pequenez e a grandiosidade da espécie humana.
Agosto/2001
JM em circunavegação da ilha de Manhattan numa tarde quente e nublada. Ao fundo vê-se as silheutas da torres gêmeas no Ponto Zero. Dias depois, elas seriam derrubadas por terroristas da Al-Qaeda, no maior atentado da história.
Setembro/?
Uma torre de vidro de 82 andares e uma colossal antena esculpida no topo. Assim será a Freedom Tower, o edifício que está sendo construído no local das antigas torres gêmeas. O prédio, de 541 metros de altura,será uma estrutura monolítica de vidro que vai refletir o céu, uma perene exaltação à liberdade. O projeto original foi refeito depois por sugestão de especialistas em segurança.
 
* A grana está curta e não dá para comer todo dia em restaurantes com preço salgado e gorjeta de 15%? Não, a saída não é só hamburguer. Há redes self-services populares em muitas áreas da cidade. Na rede Deli Plus (tem na estação Port Authority, na rua 46, esquina com a Time Square e outras) um almoço com comida simples, mas variada (incluindo salmão!) custa pouco mais que um Big Mac: 8 dólares.
* É possível instalar-se em hotéis simples, seguros e decentes em boas áreas de Manhattan pagando 100 dólares a diária no AP duplo. Este é o preço médio no Hotel Larchmont, onde pousei em 2001, numa área tranquila do East Village. Se a opção é hostel, os dorm bed (quartos coletivos) variam de 25 a 37 dólares e os duplos variam de 65 a 90 dólares.
*Quer esticar até Washington (4h30 de viagem) ou a Boston (3h de viagem)? Procure um ônibus da rede Chinatown Buses (uma associação de empresas), na esquina da Canal Street com a Bowery, no bairro Chinatown. O preço fica em torno de 50% do que é cobrado pela famosa Greyhound. Em outubro, a viagem para Boston pela Chinatown custava 15 dólares; para Washington, 17,50 dólares.
O anúncio irreverente na Times Square,  o touro voraz de Wall Street e a águia no monumento
aos mortos da guerra do Vietnam: alguns símbolos assustam, mas Nova York é alegre e cordial
por Jomar Morais

NEW YORK  | outro olhar
do Vietnã e a estação pública dos ferrys para Staten Island. Barcos
hour com direito a cantora afinada e piano no mezanino. Em tempo: esse trecho da Broadway corta o distrito financeiro de Nova York.
por quase três horas esperando a chance de entrar no elevador. Vi idosos desistirem. E ainda se  paga 16 dólares por pessoa.
assaltos, reduzidos pela política de tolerância zero na segurança. Turistas adoram posar ao lado dos bonecos de cera do Museu Madame Tussauds, na rua 42. A Fátima não resistiu. Olha ela aí, ao lado do ator Samuel Jackson.
Port Authority, Grand Central, Penn Station e outras -, pode-se apreciar obras ousadas, como essa escultura do artista Oterness.
artísticas gratuitas em diferentes áreas do parque. A pé também pode-se trombar com personagens fantasmagóricos, como essa loura aí de cabeleira descomunal e seu auxiliar com capa de vampiro.

WASHINGTON |  passeios
monumentos e museus do National Mall, a super-avenida que vai do Capitólio ao rio Potomac, onde está o obelisco George Washington. O passeio pelos jardins do Mall e as paradas em museus gratuitos valem a pena. Chegando ao obelisco, avista-se a Casa Branca, a uns 500 metros à direita.
que a turistada faz junto à cerca do jardim bem cuidado.
Museu Nacional de História Americana e o Hirshhorn Museum, com uma bela coleção de arte moderna e contemporânea e esculturas em seus jardins, como esta à esquerda.
Hancock e isso é até hoje motivo de críticas estéticas, mas os turistas ganharam um motivo para abrir a boca diante do gigantesco espelho vertical.
Melo (à direita), brasileiro radicado em
Boston desde a década passada, explica a importância histórica do lugar.
famosa do mundo, especialidade da cozinha da região da Nova Inglaterra. Eu não  apareço na foto por um bom motivo: Mackenzie e Hendrick pagaram a conta salgada e eu tinha de clicá-los assim, sorridentes, para agradá-los de algum modo... (rs rs)
JM na galeria do metrô de NYC: um toque hip hop
Fátima no Empire State: momento madame

Leia também os relatos dos mochilões de Jomar Morais na Índia, Grécia, Colômbia, Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Estados Unidos,
Marrocos, Portugal, Espanha, Itália, Suiça, França, Venezuela, Uruguai, Argentina, Ilha da Madeira, México, Bolívia, Cuba, Nepal,
Turquia, Israel e Palestina, Albânia, África do Sul, Moçambique

O SOL VOLTA A BRILHAR
Luzes, cores e vibração de NYC
À MARGEM DO PODER
Arte e natureza em Washington
ENTRE AMIGOS
Boston, MA: aqui se fala português
12/2006
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