Ano 27                                                                                                                              Editado por Jomar Morais
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O carisma da
CIDADE DO MÉXICO
Bons serviços, vida barata, arte e muita história da América pré-hispânica
por Jomar Morais
É preciso chegar até aqui, na Cidade do México, para entender como uma metrópole com fama de ser uma das mais poluídas e inseguras do mundo consegue atrair anualmente 12 milhões de visitantes, entre nacionais e estrangeiros, mais que o dobro dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil em igual período. A soma de uma forte identidade histórica com uma modernidade esfuziante, mais uma excelente infraestrutura de serviços e preços acessíveis estão na base desse sucesso.

A Cidade do México é Tenochtitlán, fundada em 1325 e coração do império dos mexicas, a confederação asteca. Seu centro administrativo e comercial ainda é o mesmo da época de Montezuma II, o imperador defenestrado pelo conquistador espanhol Hernan Cortés, em 1520. Seu entorno é rico de fragmentos históricos e arqueológicos, como as impressionantes pirâmides de Teotihuacan, a cidade misteriosa erguida no ano 100 a.C. e abandonada por seus habitantes desconhecidos por volta do ano 750.

Ao mesmo tempo, a capital do México é um exemplo de moderna arquitetura urbanística funcional, com avenidas largas e bem traçadas, edifícios de linhas futuristas, uma centena de museus e a quarta concentração de teatros do mundo. A cidade é jardim e galeria de arte a céu aberto, graças aos seus muitos parques e esculturas que contam a história tumultuada da nação mexicana, repleta de perdas - primeiro para os espanhóis, depois para os Estados Unidos, a quem cedeu parte de seu território.

Sim, o México é complexo, contraditório e excitante e sua capital impressiona positivamente o visitante brasileiro. Há, porém, reciprocidade: o Brasil é um país sempre lembrado no México.

A simpatia mexicana pelos brasileiros não é de hoje. Quem esqueceu do caso de amor vivido por nossa Selecão e a torcida mexicana na Copa de 1970? Isso foi muito importante para a conquista do Tri, algo que soubemos reconhecer e retribuir com um "jogo da gratidão" em Guadalajara.

Nosso namoro agora é menos sentimental, em que pesem as nossas afinidades, digamos, passionais em experiências como a exclusão social, a violência urbana e o alto índice de tolerância à corrupcão.

O Brasil tornou-se uma forte referência de desenvolvimento para o México, o que explica a menção quase diária à cultura e, sobretudo, à economia brasileira na mídia mexicana. Embora não esteja, como nós, entre as sete maiores economias do planeta, o México segue na nossa cola, em seu posto de segunda economia latino-americana, e nos vê, ao mesmo tempo, como inspiracão e desafio.

Num debate no canal Foro TV, da Televisa, que assisti antes que se iniciasse - imagine! - o programa "Superación", da brasileiríssima Igreja Universal do Reino de Deus, o Brasil foi o argumento central de jornalistas e intelectuais assustados com o baixo índice de leitura dos mexicanos. Foram realçados a qualidade e o poder de fogo das editoras brasileiras, embora o México apresente níveis de escolaridade e um pib per capita ligeiramente superiores aos nossos.

As nossas estatísticas econômicas são acompanhadas e comentadas por especialistas e até o recém-lancado Programa Nacional de Combate à Fome, do governo mexicano, tem cheiro do bem-sucedido Bolsa Família, do governo brasileiro.

Para um brazuca em visita ao México, é confortante ouvir elogios ao seu o país e - detalhe impensável no passado - ser assediado por vendedores que se dispõem a receber pagamento em real. Mas sempre que me tenho defrontado com essas situacões que massageiam o ego e turbinam o orgulho nacional, pergunto-me se saberemos ser potência sem cair na tentacão avassaladora da dominacão.

Foi assim que um dia os astecas, guerreiros que deram origem à Cidade do México e à nacão mexicana, perderam-se, abrindo caminho para que os povos indígenas oprimidos se aliassem aos conquistadores espanhóis na derrubada de Tenochitlan. E tem sido assim em nosso tempo, no qual potências econômico-militares, como os Estados Unidos, amargam o ódio de boa parte do mundo, mergulhadas na sombra da inquietude e do medo permanentes.


ISTO É MÉXICO
Na Praça Garibaldi, os mariachis, um dos ícones da cultura mexicana, cantam canções românticas
O Palácio Belas Artes, teatro e museu, é uma das mais bonitas casas de espetáculo do mundo
Sala das esculturas da civilização tolteca, uma das várias que existiam no México na era pré-hispânica
No centro histórico da capital, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade, edifícios do século 18
Acima, a cidadela de Teotihuacán, construida por volta do ano 100 a. C. por um povo até hoje desconhecido que ali viveu até o ano 750 de nossa era. Os astecas ocuparam a área depois. Ao lado, detalhe do Templo da Serpente Emplumada, que aparece ao fundo na foto maior.

Ainda na sala tolteca do museu, o que restou de uma portentosa escultura do deus do fogo
A área moderna da colônia (bairro) Chapultepec é cortada pela importante avenida Paseo de la Reforma, que atravessa toda a cidade, ornamentada com árvores e obras de arte. Ao lado, JM vive seu momento Ícaro num corredor de esculturas da Paseo de la Reforma em Chapultepec.
ALMA MEXICANA
Flagrantes de Tenochtitlán, a Cidade do México
MISTÉRIO DA PIRÂMIDE
Teotihuacán, construída 100 antes de Cristo
O palácio presidencial fica no Zócalo, centro da cidade desde a antiga Tenochtitlán
DOIS LADOS DA CIDADE DO MÉXICO

LADO A

1. Imenso patrimônio histórico e arqueológico e identidade histórica.

2. Tesouros arqueológicos inclusive no centro da cidade, núcleo administrativo e econômico desde que os astecas fundaram ali, em 1325, Tenochtitlán, sobre cujas ruínas os conquistadores espanhóis ergueram a Cidade do México. A arquitetura espanhola dos séculos 17 e 18 é preservada na área central e nas colônias (bairros) que contam a história das etnias e culturas que se reuniram na então Nueva Espanha.

3. Avenidas largas e simétricas cortando os principais bairros, arquitetura de beleza rara - seja de linhas contemporâneas, arte decor ou futurista.

4. Verde, muito verde. A cidade é um jardim, com dezenas de parques e bosques, avenidas arborizadas e, várias delas, ornamentadas com esculturas.

5. Arte, muita arte. Mais de 100 museus (vários com acesso gratuito diariamente e todos com pelo menos um dia na semana com acesso gratuito). Professores, estudantes e maiores de 60 anos não pagam. Há dezenas de teatro.

6. Oito linhas de metrô interligando todo o núcleo urbano. Linhas de ônibus expressos. Transporte público barato - a passagem no metrô custa cerca de 60 centavos de real.

7. Povo gentil e prestativo, embora mais recatado e menos sorridente que o brasileiro. Cultura rica e variada. Informalidade, mas (aparentemente) com maior senso de dever e organização que os brasileiros. Não é fàcil dar um jeitinho aqui, embora haja muita corrupcao.

8. Cidade alegre e festeira. Gente nas praças, mesmo sob o inverno rigoroso, tocando e cantando mùsicas românticas até altas horas. Tocadores de orgãos (realejos) envolvendo com suave harmonia o centro da cidade nos fins de tarde.

9. Custo de vida mais barato, em real, do que os das grandes cidades brasileiras.

10. Elegância em bairros como Polanco e Condessa. Grandes shoppings e galerias, bares e restaurantes chiques. Nao há assédio de vendedores nem mesmo no centro da cidade.

LADO B

1. Poluição do ar que afeta amplia os sintomas causados pela altitude, como cansaço e sangramento do nariz pela manhã.

2. Trânsito pesado.

3. Metrô bem sinalizado, mas com superlotação quase todo o tempo na maioria das linhas. È preciso usar muita forca fisica para entrar e sair dos vagões que mais parecem latas de sardinhas. A maioria deles sem ar condicionado. Quase não existe escadas rolantes nas estações (bem conservadas) do metro. As escadarias e os tùneis são intermináveis, devido à integracao de varias linhas.

4. Sensacionalismo nos jornais. Cadáveres de pessoas assassinadas e mutiladas por gangues (alguns sem cabeça) são expostos na primeira página.

6. Violência no entorno da Cidade do Mexico. Execuções são tão comuns quanto em São Paulo. Mas pode-se andar em seguranca, inclusive à noite no centro da cidade

7. Inexistência de banheiros públicos e a postura mesquinha dos comerciantes, que sõ dão acesso aos seus "baños" a clientes em compra. Em toda a cidade floresceram os banheiros privados, a maioria sem higiene e às vezes com cabine dupla (duas privadas na mesma cabine). Preco para usar: entre 4 e 5 pesos (1 real).

25/03/2013
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