Superando as fronteiras do eu
Postado em 30 Jun 2017 04 34 Principal






O Rio, numa fração individualizada, pode apresentar-se como um pequeno
redemoinho. Este redemoinho é uma manifestação da consciência do Rio em
fluxo. Enquanto "eu", somos este redemoinho que se julga separado do rio.

Esta é uma das crenças ou delusão fundamental, criadora de tantas outras.
O eu tem contorno, e aqui está seu paradoxo: enquanto "eu", tem medo de
perder o contorno e se diluir, medo de nada ser, porque  não concebe nada
para além do seu contorno.

Num movimento contrário, o eu se protege na tentativa de reforçar seu
contorno. Este movimento se apresenta como separatividade, como presunção
de superioridade ou inferioridade de toda espécie, como exaltação personalista. 
Ilude-se na visão focalista, esquecendo a transitoriedade de seu contorno.

A ilusão da separação faz com que criemos todos os tipos de distorções e desarmonias 
porque acreditamos que o "eu" tem uma essência diferente das
águas cristalinas da nascente do grande Rio. E nos enchemos do sentido
proprietário perantes os milênios.."eu" "outro" "meu" "amigo" "inimigo"...

Mas este "eu", por mais voltado ao seu centro, ainda é Rio. E a grande mente
reverbera no micro. O eu se ressente e é infeliz, por mais esforços que faça
para agradar seu contorno.

Para além da ilusão, há a realidade do grande Rio.

Deixar-se esvaziar, apagar o contorno para nada ser, é SER!

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GYNCUNPAP
11 Nov 2020 17 13
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Jomar Morais
01 Jul 2017 01 09
Sabedoria, caro Jorge.
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