Postado em 15 Jul 2016 17 54 Textos Anteriores
Existe uma indústria da doença. Lucrativa
e influente, ela corrompe profissionais e tira o foco
daquilo que interessa: saúde e hábitos saudáveis
por JOMAR MORAIS
Há uma indústria da doença no mundo, lucrativa e influente. É uma estrutura poderosa que movimenta trilhões de dólares por ano e tem no seu topo e comando os laboratórios farmacêuticos, o negócio mais lucrativo do planeta depois da indústria de armas, seguidos pelos planos de saúde, boa parte dos hospitais e a maioria dos médicos e outros profissionais da saúde cooptados pelo sistema, com seus pacotes de bônus, premiações e falcatruas.
É fácil, então, deduzir: sem doenças e sem multidões de doentes, o que seria dessas empresas e profissionais cujos rendimentos dependem daqueles que consomem suas drogas e sua tecnologia de investigação do corpo e parecem, definitivamente, enredados na mensagem de medo com que se produz clientelas cativas?
E é assim que, movida pela ganância, essa estrutura gigantesca e desumana assume o controle de nossas vidas através da influência perniciosa que exerce sobre governos (orientando políticas públicas de saúde mediante corrupção), escolas de medicina e centros de pesquisa (mediante financiamento de projetos e interferência na grade curricular e nas prioridades e metodologia dos pesquisadores), o médico (com oferta de bônus, viagens e cursos de especialização, mediante a prescrição de seus produtos) e a mídia (via publicidade e doutrinação de jornalistas).
O monopólio dessa indústria da doença nos fez perder de vista a realidade de que podemos viver com saúde – e alguns o conseguem até à morte -, apoiado unicamente em hábitos saudáveis da mente e do corpo, respeitados os limites impostos pela natureza.
A antiga sabedoria grega já dizia: mente sã, corpo são. E os cientistas que operam na vanguarda da ciência, desatrelados dos interesses comerciais do mercado, confirmam o velho adágio em pesquisas no campo da psicologia e da biologia.
Emoções negativas são tão poluentes para o espírito e para o corpo quanto os resíduos químicos da poluição ambiental. Ódio e ressentimento, por exemplo, não só destroem a harmonia do ser e levam a patologias como a depressão e o pânico, mas também corroem o equilíbrio orgânico, ao produzir disfunções glandulares e desajustes em neurotransmissores.
De outro lado, uma alimentação inadequada, com o consumo de substâncias nocivas, impede que os sistemas orgânicos funcionem como deveriam, situação que é agravada pela ingestão de drogas farmacêuticas de múltiplos efeitos colaterais, muitas vezes sem acompanhamento médico.
Por último, vale a pena lembrar que, com as distorções da medicina comercial, também perdemos de vista o detalhe de que uma doença é sempre um aviso do corpo de que algo não vai bem mais profundamente. A doença, dessa perspectiva, pode ser entendida como o início da cura, o sinal de alerta que nos chama a atenção para a nossa imprudência. A doença, mesmo quando tem uma causação externa, como bactéria ou vírus, é uma reação a um desequilíbrio psicológico-espiritual, fonte primeira do enfraquecimento de nossas defesas e catalizador de todos os transtornos.
[ Publicado na edição do Novo Jornal de 12/07/16 ]
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