Postado em 02 Nov 2014 19 47 Cultura Popular
O cacimbão é fundo, escuro, lodoso. Pequenos animais o rodeiam. Borboletinhas sobrevoam o espaço úmido e a atmosfera carregada.
Lá vem Zé de Bia. Gira o rolamento enferrujado
que vem rangendo, maquinaria rústica, estardalhaços no ar.
Passa a corda, dá um bom nó. Lá vai a lata descendo em busca da água limpinha e doce, fria e serena.
Chuá! Clang! Encontro de minerais.
A água sobe pura para saciar a sede dos simples dali.
Zé despeja o líquido brilhante nos barris.
O burro, com cargas d’água, passa sede no caminho seco.
Wescley J. Gama

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