Postado em 05 Oct 2014 15 54 Cultura Popular
Na sede do Casarão de Poesia recebemos semanalmente turmas de alunos de escolas de vários municípios para realizar atividades de incentivo à leitura e à música.
Após um momento de sensibilização e fruição, com a leitura de poetas como Antônio Francisco, Ferreira Gullar, Jessier Quirino e Manoel de Barros, entremeado com músicas de Luiz Gonzaga, Xangai, Zé Geraldo e Juraildes da Cruz, falamos um pouco sobre a história da Associação Casarão da Cultura Potiguar (Casarão de Poesia), da qual fazemos parte, mostrando como funciona a biblioteca/dvdteca de acesso livre à toda a comunidade e contando sobre as ações já realizadas pela ONG (cursos de violão, sanfona e flauta, oficinas de grafitagem e poesia, comemoração do Dia da Poesia, lançamento de livros, etc.)
Em seguida falamos um pouco sobre o ato e o hábito de ler, momento que consideramos crucial, o mais importante da visita. Eu sempre começo dizendo que temos o direito de não gostar de algumas coisas, como eu, por exemplo, não gosto de comer chuchu. Mas posso encontrar os seus nutrientes em outros legumes/verduras. Posso dizer que não gosto de chocolate (será?) e também não vou morrer se passar o resto desta vida sem provar um.
Mas há coisas (digo a eles) que devemos pensar se realmente podemos dizer apenas que gostamos ou não, sem uma reflexão mais aprofundada. Todos os dias escovamos os dentes, por exemplo. É um hábito muito saudável e importante para nossa higiene. Mesmo que não gostemos do ato de escovar, precisamos fazê-lo, para nossa saúde e para não chegarmos à escola de manhã com um "bafo de bode", como dizem aqui na minha região.
Ler é como escovar os dentes: Uma verdadeira necessidade, um hábito saudável para um futuro melhor, uma alavanca para ampliarmos nossa visão de mundo e nossa memória, conhecermos novas culturas, outras formas de viver. Através da leitura aguçamos a imaginação e nos transportamos para outras dimensões, nos emocionamos e abarcamos um novo mundo de emoções e sentimentos antes desconhecidos. Desenvolvemos uma forte vivência interior.
A mente de quem lê está sempre em expansão e jamais voltará ao tamanho anterior. Leia mais!
Wescley J. Gama
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