Postado em04 Oct 2015 22 43 POESIAS

Dindin,
não seja teimoso
a areia do rio, hoje é lastro de espinhos
Volta, Dindin
os caminhos não mais existem
são apenas veredas tomadas pelo mato
A grande árvore tombou, Didin
Caiu o ninho, morreu o passarinho
Não insista, Dindin
Assim, vou acabar chorando...
Vê! A casa grande não é mais tão grande
as janelas não são mais tão imponentes
sofreram a ação da realidade adulta
Volta, Dindin
Não os perturbe
Eles dormem
e não vale a pena chamá-los
Abraça-me, Dindin
Abraça-me forte
E, serenamente, choremos a saudade
enquanto não chega a hora de dormir
de sonhar, de viver, de voltar pra casa...
Aldenir Dantas
Para abrir a janela de comentarios, clique sobre o titulo do texto ou sobre o link de um comentario:
Jomar Morais
05 Oct 2015 19 17
Que beleza, poeta!
Sandra Joelma
05 Oct 2015 05 38
Lindo e profundo. Emoo que me fez viajar a um lugar que talvez no conhea, mas que se repente tornou - se meu.💙