A CARTOMANTE QUE ADIVINHA O PRESENTE
Postado em06 Feb 2021 02 13 IMPRESSÕES





A CARTOMANTE QUE ADIVINHA O PRESENTE.  

Coleciono vários privilégios em relação a Theo G  Alves. O maior deles é ser seu amigo. O inicial foi ler alguns dos seus primeiros poemas, salvo engano, fortemente influenciados por Fernando Pessoa. Depois, em função da amizade, tive o privilégio de “tirar onda” com ele devido ao seu nome (pouco modesto) e à sua afinidade com Manuel de Barros que, nos levava a chamá-lo Théo de Barros.  

Como podem ver, esse rapaz sempre esteve em boas companhias (refiro-me aos citados poetas, claro). E a resultante disso me proporciona o mais recente privilégio: receber, autografado com a generosidade típica de um grande camarada, A CARTOMANTE QUE ADIVINHA O PRESENTE.  A capa, fotografia do autor, corre o risco de nos fazer esquecer que há um conteúdo no miolo para ser lido.

Vencendo o namoro virtual com a senhora da janela, nos deparamos com uma obra construída em torno de um tema devastador, a pandemia. Mas não há motivos para sustos pois, o autor, com sua pena/bisturi, consegue atravessar pele, tecido subcutâneo, tecido adiposo, músculos etc. e chegar no cerne da dor, com uma sensibilidade que, não nos isenta da angústia mas, paradoxalmente, a aprofunda e a torna digerível. Coisas de quem faz Literatura.

Enfim, sobre Theo G Alves, desde A Casa Miúda, até os 106 de Manaus, parafraseando Chico Buarque, podemos dizer que, sempre o encontramos, com certeza / num tempo da delicadeza.

Aldenir Dantas

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