Analisando Mericó à luz de Drummond*
Postado em28 Feb 2015 14 36 HISTORIAS DE MERICO



No meio do caminho, que atravessa os verdejantes calvários da Borborema Potiguar, tinha uma cidade.

Tinha uma cidade pequena, inexpressiva para o mundo, antiga, amarelada pelos sóis do fim da tarde, no meio do caminho que unia os tão iguais e tão irmãos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte.

Tinha um riacho, uma casa, um povoado, uma vila, uma cidade, no meio do caminho para as serras de Cuité, da Lagoa, de Santa Equitéria, de Santo Onofre, dos Brandões.

Não há quem possa se esquecer desse fato. Mesmo exaurido de veredas, estradadas, BRs e highways, nunca alguém haverá de esquecer que no meio caminho, que perpassa e aproxima tantas vidas, tinha uma cidadezinha de gente simples e boa, ou não, como todas as cidades do mundo.

Tinha uma cidade no meio do caminho da atemporalidade, das lembranças, dos sonhos, da imaginação...

No meio do caminho que vai dar no "Mar" tinha Mericó.


Aldenir Dantas

* Intertextualidade com o poema de Carlos Drummond de Andrade, No meio do caminho.


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13 Aug 2018 22 54
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