Ano 27                                                                                                                              Editado por Jomar Morais
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Jesus, é teu Natal e, outra vez, um raio de boa vontade nos torna dignos da paz.

Há trevas, Yeshua, como nos dias distantes de Anás e Caifás, e não são poucos os irmãos que sucumbiram aos senhores da guerra e da mentira, da separação e da avareza.

Mas, ao menos por uma noite, as luzes coloridas e os pinheiros entronizados em nossas salas nos levam de novo ao túnel de nossas melhores memórias, reinstalando a esperança em nossos corações exaustos.

Nazareno, para o tempo! Alonga esta noite, para que ela transborde em nossos dias de materialismo, violência e dor.

Abraça-nos, por misericórdia, para que, talvez assim, nos lembremos de nossa humanidade.

Impõe tuas mãos sobre nossas cabeças ansiosas e sem rumo para que, talvez assim, resgatemos do fundo da alma o dom de ser grato e a alegria de partilhar.

Galileu, leva-nos às fronteiras que nos separam uns dos outros e convence-nos a desmontar as cercas e muros que o egoísmo insiste em erguer.

Para que não nos voltemos contra ti, sussurra a verdade aos nossos ouvidos. Talvez assim, nossos olhos se abram e a clareza nos liberte das armadilhas dos sentidos.

Mestre, reúne-nos outra vez na colina e provoca-nos a alma ingênua com a poesia prática das bem-aventuranças. Talvez assim, a pureza dos corações simples deixe de ser manipulada pelo poder insolente e os corações avaros em nome de Deus.

Profeta, ensina-nos outra vez a coragem e a resistência para anunciar, o dom divino de encarar a hipocrisia e a injustiça sem jamais renunciar à ternura do Amor que tudo pode e tudo transforma.

E, talvez assim, os que te seguem e te amam resgatemos a capacidade de servir, sem medo e sem reserva, os teus pobres, teus leprosos, teus ladrões, tuas adúlteras, teus publicanos, teus renegados, teus humilhados...

                                            
*     *     *

Yeshua, Jesus de Nazaré! À luz de tua estrela, eu me atrevo.  Como Maria em Magdala, quero lavar-te os pés com o perfume de suaves recordações - as memórias de nossa amizade, nascida e consolidada nas alegrias e lágrimas de tantos natais.

Permite-me, Senhor e Amigo! E, talvez assim, eu consiga de vez abandonar-me a esse Amor, perdendo-me e anulando-me no Mistério no qual Tu e eu existimos.

Sim, há trevas no mundo dos senhores da guerra e da mentira, da separação e da avareza, mas meu coração se enternece ante o teu presépio e revive o êxtase de nossos melhores papos e confidências na solidão pacífica das noites e madrugadas.

Ah, Senhor, parece que foi ontem... A missa que antecedia a ceia, o culto que antecedia a missa, o sonho do presente de Noel e a beliscada proibida nas guloseimas de minha mãe, que, por sua vez, antecediam a todos os rituais do  menino magro, disputado por diferentes escolas religiosas.

Parece que foi ontem, Nazareno! A voz emocionada de meu tio José contando-me a tua saga. A mão negra de minha avó Apolônia dando-me segurança no trajeto de volta da igreja por ruas ermas e escuras...

Como um menino, ainda sem um vocabulário extenso, poderia entender uma história de vida tão simples e tão complexa como a tua? E, no entanto, pelos filtros do coração me encantavas e eu parecia compreender-te como a mim mesmo. Milagre? Prodígio? E quando o Amor deixou de fazê-los em algum tempo ou lugar?

Assim passaram-se os anos e os natais. A emoção sem consciência cedeu às lágrimas de contentamento e, quando desci ao inevitável vale das sombras, às lágrimas amargas da autocomiseração egóica. E, ainda ali, foi nossa amizade que me salvou da dor inútil.

Como esquecer a noite tão escura e tão brilhante daquele Natal na estrada nos dias da grande mutação? Agora sei, guiavas-me ao caminho da gratidão.

Sim, Yeshua, há trevas, mas no 66º Natal de minha própria era, humildemente lavo-te os pés com o perfume de minha gratidão a ti e à vida.  Com a pureza do menino pobre a quem um dia estendestes a mão, através das mãos abençoadas de meus benfeitores, expresso a ti o meu amor, agora profundo e incondicional.

Como fiz à beira do teu lago, repito hoje: não me fecho em rótulos e feudos. Não me fecho, pois tu és amplitude e inclusão. Reverencio e aprendo com Krishna e Buda, com Mohammed e Lao Tzu... com todas as expressões luminosas do Ilimitado Sem Forma de onde emergem as aparências. Mas qual amado te pode resistir? Seduziste-me e enredaste-me em teu Amor e nele me comprazo.

Jesus de Nazaré, meu mestre, meu amigo! Quero amar-te e desaparecer.



Escrito em 06/12/19 ao final de uma madrugada de contemplação e confidências com o meu mestre.

Em memória de José Tavares de Morais, Apolônia Maria da Conceição, Raimunda Pinheiro Costa, Aurinha, Beatriz e Eládio L. Monteiro, os primeiros a inspirarem minha espiritualidade nos dias de minha infância.

Em gratidão a Giovanni di Pietro di Bernardone, amigo do peito que me anima a seguir com ele os passos de Yeshua.
Prece sob a Estrela
por JOMAR MORAIS
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