Ano 27                                                                                                                              Editado por Jomar Morais
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OUTRO OLHAR
por Jomar Morais
DOIS MUNDOS
Sob a cultura do medo, perdemos a capacidade de descobrir nos efeitos os seus reais motivos. Quando isso acontece, só a sombra se sobressai
Os jornais e, sobretudo, a televisão rotularam de “dramática” a semana que passou. Dramático, no caso, quer dizer sinistro, terrível, algo marcado por catástrofe.

Lá fora a semana começou com a reaparição do terrorismo nos Estados Unidos. Aqui, nossas manchetes continuaram a jorrar explosões, arrastões, chacinas, grupos de extermínio e, claro, os velhos crimes do “colarinho branco”, aqueles praticados por gente engravatada e seus cúmplices na rapinagem de recursos públicos, cujos efeitos sobre os mais pobres são tão mortais quanto golpes de faca e tiros de revólver.

Dramático, no caso da semana passada, pode também ter uma conotação teatral e cinematográfica, afinal refere-se ao espetáculo da violência a que nos acostumaram a mídia e todos os interesses, políticos e econômicos, que se aproveitam da cultura do medo e da permanente catarse da massa.

Lá fora, uma região metropolitana de quatro milhões de habitantes foi paralisada por quase 48 horas e teve até o seu espaço aéreo fechado devido à caçada espalhafatosa a dois jovens loucos. Operação de guerra e cerca de 200 tiros disparados enquanto os cidadãos comuns tremiam de pavor ante o iminente fim do mundo.

Aqui, as imagens de cadáveres, a face dos sanguinários capturados, quase sempre pobres, e a histeria dos apresentadores na telinha, seguiram mergulhando-nos num interminável filme de ação em que berros e excesso de adrenalina não nos deixam ir além das reações espasmódicas, sempre incapazes de relacionar causa e consequência.

Quantos bilhões de dólares serão adicionados, a partir de  agora, ao orçamento da estrutura antiterror dos Estados Unidos? Quanto o governo brasileiro gastará a mais na segurança da Copa, das Olimpíadas, da visita do papa...? Quanto milhões de cercas elétricas, de armas, de câmeras serão vendidas a mais? Quanta gente olhará mais desconfiada para o próximo, evitará um sorriso e exibirá seu lado rude porque o mundo - aqui e lá fora - está em chamas?

Não, este artigo não é uma peça a favor do terrorismo e nem da violência urbana. É só um pálido registro do nonsense e dos erros que cometemos quando, sob a cultura do medo, perdemos a capacidade de descobrir nos efeitos os seus reais motivos. Quando isso acontece, só a sombra se sobressai e, encurralados, esquecemos que toda escuridão só se dissolve na luz, também intrínseca à condição humana.

Na semana passada, enquanto a loucura dos irmãos Tsarnaev levou a maioria a tremer e a cerrar o punho, caminhando na madrugada do Recife, a 27ª cidade mais  violenta do país, surpreendi-me ao encontrar outros jovens abraçando e alimentando mendigos, ouvindo-lhe as dores e cantando com eles. “Deixei as drogas e parei de roubar por causa desses meninos”, disse-me um dos assistidos. Então, eu percebi: o mundo pode estar em chamas, mas não está perdido.
[Publicado na edição de 23/04/13 do Novo Jornal]
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